18 dezembro, 2007

Veneno

Após alguns meses de ausência total de escrita, vi-me novamente inspirado e decidi escrever a primeira coisa que me apareceu à cabeça. E este foi o resultado.
Para quem foi não revelo, mas para quem for, esse alguém saberá...


Doce veneno que me perfumas
Que irradias teu odor penetrante
E perfuras meu peito crepitante
Sem mim, esperas.

O espinho perfurou-me o pulmão
Já nem consigo respirar
Pois a dor é tão profunda
Que me custa até pensar.

Neste meu leito de morte suspiro
Pela musa que nunca pensei conhecer.
Um ser único e sonhado
A pouco e pouco, me faz morrer.

Em terras de prazer não libidinoso
Me encontrava eu feliz e contente.
Até que as minhas negras asas abri
Naquele dia tão radiante.

Ousei voar mais alto
E foi então que te conheci.
Anjo claro e ardente
Do pico mais alto eu caí.

Minhas asas em pó se tornaram
Meus olhos na cara se cravaram.
Pois recusaram ver tal verdade,
Pois verdade esta nunca conheceram.

Um sonho maior que o passo
Um desejo maior que a realidade
Tentei desesperadamente livrar-me do pensamento
Cuja palpitação era a verdade.

Dias, meses, anos se passaram
Com o tempo o sonho cresceu.
E com tal pressa ele subiu ao céu,
Com tal aparato ele morreu.

Um sentimento nunca morre só
Pois consigo leva o sonhador.
A mim não me deixam voar,
Apenas me deixam com a minha dor.

3 Comentários

Blogger carlita =) disse...

ó marquito... os teus poemas "doem" tens de levantar essa moral... =) o poema ta giro, mas é triste... temos d lutar para ser felizes... luta! =)
beijinho*

8:27 da tarde  
Blogger Sandra de Santa Bárbara disse...

escreves bem. as vezes sinto que dou saltos nno vazio, tiros no escuro...mesmo.
* =]

12:52 da manhã  
Blogger suz disse...

Ficou muito bonito. Parabéns.

10:08 da tarde  

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