31 agosto, 2006

O tempo passa devagar

O tempo... um conceito tão vasto e ao mesmo tempo restrito...
Quanto mais o queremos, menos o temos. Quanto menos o queremos, mais o temos.
É o passar do tempo que envelhece. É o passar do tempo que dá experiência. É o passar do tempo que refina.
É o passar do tempo que dói. É o passar do tempo que faz a dor penetrar até aos ossos. É o tempo que torna tudo tão mais custoso... Ainda há os que dizem que o tempo sara feridas. Mas não sara todas. Pelo menos as que mais precisamos que sarem.
O tempo é aquela coisa que queremos que passe depressa para que outras ceheguem mais depressa. Mas quanto mais queremos, mais lento passa ele. Quanto mais rápido queremos que ele passe...mais pesado, mais gordo, mais lento se torna ele.
Mas sem ninguém dar por isso, o tempo passa...vai passando devagar, devagarinho...e sem parar segue o sem caminho...até ao infinito.


O tempo passa devagar
Devagarinho sem parar.
Depressa não passa.
Esperando que o dia nasça.

Olho para o céu e vejo
Aqueles grandes ponteiros
No céu, nas nuvens brilham
Ao pé do Sol cavaleiro.

Espero e desespero
Sentado na cadeira olhando
O céu escurecer e o vento passar
Pela minha face, doce e brando.

O dia distante
Aproxima-se com o bater do coração
O tal dia distante
Parece tão longe, longe da minha mão.

Quero tanto esse dia
Quanto mais quero, desespero.
Louco, "insano" e dorido.
Nada posso fazer, espero.

Ele bate incessantemente
Vai batendo meu coração.
Bate de vontade, de desejo.
De sentir perto tua mão.

O teu cheiro paira no ar
Sem nunca o ter sentido.
O teu calor que nunca sent.
Ai meu coração dorido...


by: Marco de Carvalho


O tempo não perdoa. O coração aquece-se alimentado de sentimentos. Sentimentos perigosos de sentir especialmente quando o tempo age sorrateiramente, enevoando o futuro. O nevoeiro atraiçoa até os olhos mais atentos...e os corações mais estáveis. A sua influência em corações necessitados e fragilizados é perigosa...
Mas como alguém um dia disse "Em certas coisas, mais vale não ligar à cautela e arriscar."
O arriscar cego é sempre perigoso...na minha opinião...no início da nossa vida fomos cegos..porque não voltar a sermos?
"Que se dane a cautela."

4 Comentários

Blogger FilipaCalisto disse...

O tempo pode ser lento, mas não para! Pode tardar a vir, mas acaba sempre por chegar. O tempo é aquilo que nós fazemos dele e nós somos o que o tempo nos faz. Pode ser longa a espera, mas no fim, vale sempre a pena.

10:49 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

ola marquito, como tao a correr essas férias? aproveita esse tempo, porque como tu o disses-te ele opõe-se á nossa vontade... diverte-te e descansa agora nestes ultimos dias de férias, porque um novo ano se aproxima, e espero que este novo tempo te traga muitas coisas boas, todas as que esperas, e todas as outras que mereces** beijo pa ti **** susy

9:24 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Lá está o meu poeta favorito a escrever lindos poemas para a Anita ver e chorar...tou mt contente de ter conhecido 1 poeta nas ferias...hum...continua assim ,Marco
Jinhus keridos

3:36 da tarde  
Blogger Unknown disse...

O tempo não merece que a gente pense nele... Mas não é so o passar do tempo que dá experiência; é passar bem esse tempo. De qualquer maneira acho que focaste aqui todos os problemas e qualidades dessa dimensão misteriosa que é o tempo.

10:20 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home