27 janeiro, 2008

Just so tired of beeing me...

O coração palpitando
O tempo vai passando
A dor vai-se instalando.
Passo a passo, me matando.

Por entre estes versos sem rimas
A dor salta-me do peito para o papel
Por não conseguir chorar…
Por não me deixarem amar…
Por apenas desesperar…
Por estar aqui…sem descansar…

Por entre lágrimas de sangue
E suspiros abafados
Luto e resisto
A esta força que me impele a adormecer
E a dormir permanecer
Até que um dia o sol brilhe
Por entre as cinzentas nuvens que me cobrem.

Tantas vezes sonho em chorar
Tantas vezes peço para o fazer…
Mas minhas lágrimas secaram.
Por dentro minha alma chora
Perde pedaços de si sem demora.
Enegrecida pelo nascer do novo dia
Deita-se esperando, pelo seu fim.

Em minhas veias corre o veneno
Da traição de um punhal cravado.
Impregnado de suor e lágrimas
De noites mal dormidas e estagnadas.
Lentamente pingando para o chão,
Espessa, escura e crepitante
Uma poça de mágoas e sofrimento,
A pouco e pouco…
Desdenha…
Penetra…
Nesta minha alma moribunda.

Pelo canto do olho solta-se uma lágrima
Que pela minha face vai escorrendo
E no seu caminho deixa a sua marca:
Um rasto vermelho…
Um rasto de sofrimento…
Um rasto de veneno…
Um rasto de …

Olhando para os céus brado e grito
E perdendo minha fortia vitae
Me ajoelho perante os céus
E debaixo do brilhante luar
Abraço meu corpo dormente
E apertando-o bem contra o meu peito
Largo uma última lágrima…
Largo um último suspiro…
E parto sabendo que morri infeliz
Que morri sofrendo…
Que morri sonhando…
Que morri desejando…um dia ter sido feliz…

Estou tão cansado de ser eu...

02 janeiro, 2008

Por entre murmúrios de palavras abafadas...

Por entre murmúrios de palavras abafadas
Gritos de dor sufocadas
Escrevo minhas palavras de desabafo
Nesta página imunda me apago.

Aqui sei em quem confio
No estranho que nada me diz
Naquela pessoa que nunca vi.
Sei que ali, posso descansar.

Por entre poemas descobri
Que posso ser ou deixar voar,
O meu pensamento aberto e escrever
O que no meu coração se atormenta.

Foi aqui neste mesmo sitio
Entre amores e temores
Que me arrisquei a sentar
E simplesmente, debitar.

Verborreia para as massas
Um pedaço de mim em forma de letras.
Nada preciso mais do que escrever
Para cá dentro deixar de doer.

Poemas sem sentido
Muitas vezes sem rimar.
Para mim tudo faz sentido
Tão natural como...respirar.

Sinto um novo fogo a arder
Neste ano que acabou de nascer.
Em pares de rimas vão brotar
Dos meus dedos escorregar.

Um só dia se passou
E tudo já recomeçou
Um ciclo vicioso que gira sem parar
Um ciclo com um novo começar.

Deixo aqui este poema para ti
Que como eu pecas com o coração.
Deixo estes versos só pra ti
A ti dedico esta "canção".



Para ti Freyija, o meu obrigado.
Link--> A Vida, a Morte e o que se passa no entretanto