25 abril, 2007

Sinto-me...Dói-me...

Pois é, hoje acordei.
Para mal da minha ideia
Continuo como sempre estive:
Só perante esta plateia.

Coração palpitante e sonolento,
Bate sem parar e num sopro
Leva-me ao limbo e só a mim
Mostra quanto eu sofro.

Penso todos os dias
E dói-me tanto de pensar
Que o passado já lá vai.
O sonho está-se a afastar.

Porquê eu entre tantos?
Sentir a brisa do sucesso
E num só momento, como tudo começou.
Morreu, confesso.

Sinto este sentimento,
Como algo que nunca desapareceu.
Sinto-me vazio, incompleto.
Sinto falta de algo que seja meu.

Não peço mais nada
Apenas direito a ser feliz.
Mas faltam-me as forças para lutar.
"Mas tu não te esforças", ele diz.

Se calhar fico-me assim.
Apático e apagado.
Alheio ao mundo, no meu canto,
Como que só e afogado.


(Desculpa aos leitores o poema não ser nada de jeito, mas não me sinto inspirado...)

21 abril, 2007

Inspiração Fugidia

Hoje pensei em escrever algo diferente.
Um desabafo desorganizado, diferente de todos os poemas deste blog.
Algo para aliviar a panela de pressão ao fim de tanto tempo.

Cheguei à conclusão que já não sei escrever.
Perdi o toque como quem perde as chaves.
Sei que o tinha, mas não sei onde o deixei
E não o consigo encontrar sozinho.
Passaram-se semanas desde que escrevi o último poema,
Um daqueles inspirados que nos saem no momento
Como todos os outros que escrevo.
Mas agora já perdi esse momento.

Passo noites em frente à janela do meu quarto
Olhando para as luzes da cidade, como fazia antes,
À procura daquela luz especial que me devolva a inspiração,
Que me devolva aquele momento único onde tudo se liberta
E aparece magicamente descrito no écran do computador
Ou naquele bloco de folhas que também desapareceu.

Sinto-me como a dar o salto para o vazio, onde nada existe
Tudo parece escapar-se por entre os dedos
E resvalar para o nada.
Tudo desaparece e apenas fico eu sozinho
A olhar para esse vazio à espera de algo.

E tudo começou num momento de alegria
Como tudo teima em começar.
Dias felizes, tudo parecia encaminhar-se
Para o fim desejado à anos,
E sem saber bem como, apenas aconteceu.
E num outro momento repentino como um suspiro
Assim acabou antes que pudesse começar.
E a raiva acumula-se por dentro por já saber.
Por já saber o desfeche e por saber que era breve.

Saber e nada poder fazer, não há pior.
É fascinante como os sentidos são desenvolvidos
Especialmente o sexto e o sétimo.
E tal como tudo começou, assim acabou.
E depois de sonhar que tudo ia ser diferente,
Acertei, tudo é diferente
A passos de distância de uma depressão,
Auto-estima mais uma vez desfeita,
Sem vontade para fazer nada e apenas olhar para o tecto.
Passei tardes assim desde então:
A olhar para o écran do computador,
À espera que alguém viesse falar
Para não me sentir tão sozinho como estou.
Demoravam horas até perceber que eu estava vivo.

Agora não sei como me sinto, não sei o que fazer
Sinto-me abatido pela dura realidade.
Faculdade a correr mal, vida emocional inexistente.
A única coisa que me mantém vivo são os amigos.
E a minha ideia estúpida que vou ser feliz um dia.
(Ainda não ocnsegui aceitar que fico assim para sempre)


Peço desculpa a todos os leitores por este desabafo fora do comum, mas isto já andava cá dentro há demasiado tempo e ameaçava implodir comigo.
Quero agradecer à minha princesa especial (ela sabe quem é) e à minha maninha Laidiinha, que são as minhas forças motrizes. Adoro-vos, muitos beijos.