25 outubro, 2006

Meu medo

E hoje...porque me apeteceu inovar...



O medo persiste e insiste
Está sempre a perseguir.
Tento fugir, mas ele teima
Em correr atrás de mim para me apanhar.
Ele tenta e tenta, nao me quer deixar.
Páro e pergunto a mim mesmo...
MEDO DE QUÊ?
Medo de tudo, medo de nada.
Medo do desconhecido, do apetecido.
Medo de dizer sim, medo de dizer talvez.
Medo de querer arriscar mas não poder.

Medo do futuro.

Sim tenho medo.
Tenho medo que tudo o que eu sonho,
Tudo o que eu mais quero nesta vida,
Tudo o que eu espero à tanto tempo,
Não passe disso mesmo...de um sonho.
Um óptimo sonho...
Em parte real, em parte fantasia.
Ele é real...
Mas ao mínimo erro torna-se fantasia.
Medo de errar...muito medo.

Não quero errar.
Não quero ter que errar.
Mas a incompetência é muita da minha parte.
Perdido sem saber o que fazer
Às escuras com medo de errar.

Às escuras com medo de mim mesmo
Espero e anseio pelo dia
Em que olho para isto tudo
E me rio como idiota fui em ter medo.
Mas até lá sofro, com o medo de errar.

O que quero sabes.
Não é dificil descobrir o que me tira o sono,
O que me ilumina na escuridão do meu dia
O que me cega loucamente só de pensar.
O que me tira a vontade de comer
O que me tira a vontade de fazer seja o que for
Sem ser admirar e sonhar.

Ainda não te ganhei
Mas também não te quero perder.
Não te posso perder.
Sonho demasiado contigo para te perder.

As palavras que mais me custam dizer ao vivo, e até por aqui...mas digo-as em várias línguas:

Ek het jou lief
Ana behibek
Yes kez sirumen
Obicham te
Volim te
Miluji te
S’agapo
Ich liebe dich
Aishiteru
Jeg Elsker Deg
Te ubesk
Ljubim te
Ya tebe kahayu
Ya tebya liubliu

Anseio o dia em que as consiga dizer, olhando nos olhos.

15 outubro, 2006

O tempo passou, o caos chegou

Pois é...tudo passou lentamente, um dia de cada vez. Chegada a hora dos bravos, a acção é exactamente oposta: a coragem falha quando é mais precisa. Por muito que tenha sido dito, foi tudo dito novamente sob a forma de silêncio.



A primavera chegou
No alto o sol brilhou.
A aurora nasceu
A noite morreu.

De manhã tudo estava lindo
O sol raiava no céu bem alto.
De repente escureceu,
A chuva caiu no asfalto.

Um trovão soou lá ao fundo
A chuva cai sem parar.
Encolho-me no meu canto e espero.
Espero por algum brilhar.

O medo persiste e insiste
Em permanecer dentro de mim.
Atrofiado e enegrecido
Tremo no canto, rezo pelo fim.

Os meus membros dormentes,
A minh'alma paralisada.
Não quero isto assim.
Quero a minh'amada.

Acordo de repente e olho,
A chuva já não cai.
Dali já não fujo com medo,
Ela dali já não sai.

Percebo finalmente
Não posso ser temente.
A mudança está em mim.
Em mim está o fim.


by: Marco de Carvalho



A mudança está dentro de cada um de nós. Coube-me a mim acordar e ver o que de mal fiz para corrigir e não repetir. A lição fundamental está em não cometer o mesmo erro três vezes. A segunda vez que se cometa, que sirva apenas como teste para ter a certeza que não foi pura sorte da primeira vez.
Mas este erro não se pode repetir nem uma única vez. Não me posso dar ao luxo de perder o que sempre sonhei. Tão perto de poder ser feliz...realmente feliz...não posso, não devo, não vou errar novamente.
Será assim tão difícil ser feliz? Não...desde que se façam as coisas que têm que ser feitas, sem olhar à cautela...sem preocupar com o medo que se instala e nos impede de avançar....sem preocupar com o medo que nos impele a recuar.......o medo que me cala....o medo que me atrofia os membros....o medo que me consome por dentro...
Mas agora já não...és demasiado importante para mim para me calar...